sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Netinho em Brasília

19/09/2008 - 00h14



Para esquecer um pouco as últimas polêmicas sobre Netinho, o cantor se apresentará hoje, 19, a partir das 22h, na Capital Federal. Pela primeira vez Brasília receberá o show de Netinho, que vai ser realizado no espaço PLATZ, com o nome “Netinho Cara a Cara”.

O novo projeto criado pelo cantor vem com a idéia de modificar, o conceito dos eventos de Axé, mas mantendo a característica própria. O objetivo é transformar o local num cantinho bem intimista, com palco para ter aproximação com o público, nos locais denominados “inferninhos”. A festa também conta com a participação do DJ Joãozinho, Chapéu de Couro (Axé) e MC Mazinho e Rogério (funk).

(Yêda Nunes)

Depois da polêmica entrevista, Netinho manda um comunicado

18 de setembro de 2008

Depois da polêmica entrevista dada a revista Quem, o cantor Netinho se pronunciou em seu blog, e também através da sua assessoria de imprensa sobre a publicação. O cantor deixa claro que não concorda com a linha adotada pela revista as suas declarações. Confira na íntegra a carta enviada.

“Dei uma entrevista na semana passada para a Revista Quem com o objetivo de falar do meu novo CD “Minha Praia” e das novidades da minha carreira. Durante o papo de mais de duas horas, falei também de alguns fatos passados da minha vida pessoal.

Na matéria publicada pela revista, a minha conversa com o jornalista foi resumida de forma estranha. Não colocaram tudo o que eu falei, e dessa forma algumas coisas ficaram desvirtuadas. Em detrimento do lançamento do meu CD, a revista optou por fazer uma matéria voltada para o sensacionalismo, explorando de forma totalmente desnecessária alguns temas polêmicos que comentei.

Algumas coisas que eu falei não aparecem na matéria e outras tantas não aparecem por completo. Mas isso é algo que acontece frequentemente nesta relação de pessoas públicas com jornalistas. Não fui a primeira pessoa pública a passar por isso, nem serei a última.

Dei uma entrevista franca, sincera, relatando com exatidão alguns fatos passados da minha vida. Abordei temas polêmicos, eu sei, mas foram aquelas experiências relatadas ali que me ajudaram a construir a minha personalidade e o meu caráter.

E foram experiências boas, que me deram aprendizado e que me fizeram ser um homem bem melhor. Me orgulho de cada uma delas pois, sem elas, não seria o homem que sou hoje.

Tudo o que aprendi com o que já vivi; todas as lições que tirei de cada momento; são coisas que passarei para a minha filha que está no começo de uma vida e enfrentará pela frente um mundo muito mais agressivo do que o que me recebeu.

Uma coisa que quero dizer é que a Revista Quem não escreveu ali nada além do que eu disse na entrevista. Apenas poderia ter colocado na íntegra todas as minhas palavras. Por causa disso, alguns trechos publicados não expressam com exatidão o que eu falei e o que eu penso.

A experiência com drogas, por exemplo, foi única e ficou no meu passado.

Aconteceu há mais de dez anos! Nunca fui usuário de drogas, apenas experimentei.

Quando eu digo hoje a alguém “Não use drogas!”, não falo da boca prá

fora nem faço uso da hipocrisia. Falo com propriedade, pois experimentei e, apesar de ter sido uma experiência interessante naquele momento, percebi que a droga nada acrescenta à vida de qualquer pessoa. É um caminho sem volta, uma porta para uma fuga sem sentido da realidade. Um atalho para o fim.

Tenho uma filha de dez anos e é este o aprendizado que vou passar para ela. Não por ter lido em algum livro ou por ter ouvido de alguém. Eu aprendi isso vivendo realmente, experimentando, e digo que é algo desse mundo que não leva a nada.

Foi exatamente isso o que eu falei para a Revista Quem, mas, infelizmente, essa parte não foi publicada. Da forma como e revista publicou, a impressão que se tem é que fiz apologia ao uso de drogas. Isso nunca!

Sou esportista, e sempre primei por uma vida saudável para mim e para os outros. Sempre procurei e procuro passar uma imagem saudável, de vigor físico e de saúde nas minhas apresentações em shows e na TV.

Também em relação à minha carreira e a tudo que conquistei através dela. Quando eu disse naquele momento que tudo que consegui com a música não me acrescentou em nada como ser humano, me referi à percepção que tive anos atrás do real valor de ser famoso, de conquistar fãs, de atingir o sucesso. Tenho hoje a exata convicção de que o que levamos de tudo isso não é a fama, o sucesso, o dinheiro, os milhões de discos vendidos. O que realmente vale para mim e me constrói é o que eu conquistei ou posso conquistar nas pessoas.

É o que posso fazer para elas através da música. Uma emoção, um sorriso, os momentos de felicidade que consigo proporcionar a alguém através da minha arte. Esta sim é a minha verdadeira riqueza.

Já na ótica puramente artística, me orgulho muito da minha carreira e de tudo que fiz. Gravaria novamente todas as músicas que gravei, faria os mesmos shows, tudo da mesma maneira como fiz!

Também falei exatamente isso para a revista e não foi publicado!

Outra questão que me incomodou na entrevista foi a maneira como colocaram a minha observação sobre a música baiana. Fiz uma avaliação técnica desses vinte anos do axé music que também não foi publicada na íntegra. Isso distorceu de alguma forma o que eu quis dizer.

Quando falei do surgimento do pagode baiano e das letras de duplo sentido que também ajudaram a fazer o sucesso desse movimento, não foi com a intenção de denegrir ou desrespeitar ninguém. Até porque falei de amigos, de colegas, de artistas que respeito e que têm o seu público, que não é pequeno. Disse que nunca cantei essas músicas nos meus shows apenas por uma questão de não me identificar com aquelas letras, de não perceber qualquer ligação artística com a linha de trabalho que sempre desenvolvi na minha carreira. E nunca cantei mesmo, é verdade!

Falei também, e muito, da música “Toda Boa”, lançada há dois anos pelo grupo Psirico, e que canto em todas as minhas apresentações. É uma canção do repertório do pagode baiano que eu gosto, admiro e me identifico. Isso também não foi publicado.

Quanto à questão de eu já ter vivido no passado uma experiência amorosa com alguém do mesmo sexo que o meu, acho impressionante como uma história desse tipo ainda mexe com algumas pessoas em pleno século XXI. Apenas relatei uma experiência vivida no passado.

Sou homem, vivi esta experiência como homem e de forma verdadeira e sincera. Nada do que vivi nesta relação maculou o meu caráter ou o meu jeito de ser e de tratar as pessoas. Fui muito feliz naquele período e viveria tudo outra vez, sem problemas. Não vejo nada de errado nisso.

Penso que a gente vem prá essa vida é prá ser feliz e não para ficar dando ouvidos ou se preocupando com o que os outros falam de nós. Tolos são os que agem assim. Nada mais estão fazendo do que perder tempo e vida! Não é o meu caso.

Fora essas coisas, tudo o mais que falei sobre a minha carreira, os novos projetos, meu próximo carnaval, a gravação do meu próximo DVD, tudo isso não foi incluído na matéria.

Em respeito ao meu público e a todas as pessoas, li todos os comentários deixados em alguns sites onde a minha entrevista foi publicada e, sinceramente, nada do que foi escrito ali me surpreendeu. Entendo perfeitamente que a entrevista, como foi escrita, assustou muitas pessoas, e confesso, até a mim mesmo. Sou uma pessoa pública e por causa disso aceito qualquer tipo de opinião a meu respeito. Até mesmo aquelas que não correspondem em nada ao que sou. Afinal de contas, poucas pessoas me conhecem a fundo e o que a maioria conhece é apenas aquela “figura” do artista que vive, independente da sua vontade, mergulhado nesse caldeirão de fofocas, disse me disse, etc.

Escrevi este e-mail e também publiquei estas palavras no meu blog para retificar o exato teor do que falei na entrevista.

Hoje vivo o momento mais feliz da minha vida. E sem dúvida, contar um pouco da minha pessoal e tornar público minhas experiências passadas é parte dessa felicidade”.

Um abraço a todos.


NETINHO ESCLARECE ENTREVISTA A “QUEM” COM COMUNICADO OFICIAL

Seria uma entrevista corriqueira de divulgação do CD “Minha Praia”, mas o papo rendeu tanta polêmica que o cantor Netinho resolveu enviar um e-mail a toda imprensa, esclarecendo alguns pontos da matéria publicada pela revista “Quem acontece”. No relato ele esclarece alguns pontos, que segundo ele não foram colocados por completo, omitindo informações que deixaram suas falas com outro sentido. Confira:

“Agradeço à Revista QUEM pela entrevista, mas faço aqui as minhas RESSALVAS.
Tudo o que escrevo aqui está na fita onde o jornalista registrou toda a entrevista.
NÃO SOU a pessoa que a entrevista publicada na Revista QUEM sugere.
Fui vítima de uma edição ERRADA das minhas palavras.
Dei uma entrevista de quase duas horas que não pode ser resumida apenas em poucas linhas.”

Drogas - A experiência com drogas, por exemplo, foi ÚNICA e ficou no meu PASSADO. Aconteceu há mais de dez anos! Nunca fui usuário de drogas, apenas experimentei. Quando eu digo hoje a alguém “NÃO USE DROGAS!”, não falo da boca prá fora nem faço uso da hipocrisia. Falo com propriedade pois experimentei e, apesar de ter sido uma experiência interessante naquele momento, percebi que a droga nada acrescenta à vida de qualquer pessoa. É um caminho sem volta, uma porta para uma fuga sem sentido da realidade. Um atalho para o fim. Tenho uma filha de dez anos e é este o aprendizado que vou passar para ela. Não por ter lido em algum livro ou por ter ouvido de alguém. Eu aprendi isso vivendo realmente, experimentando, e digo que é algo desse mundo que não leva a nada. Foi exatamente isso o que eu falei para a Revista QUEM mas, infelizmente, NÃO FOI PUBLICADO.

Pagode Baiano - Outra questão que me incomodou na entrevista foi a maneira como colocaram a minha observação sobre a música baiana. Fiz uma avaliação técnica desses vinte anos de axé music que também não foi publicada na íntegra. Isso distorceu de alguma forma o que eu quis dizer. Quando falei do surgimento do pagode baiano e das letras de duplo sentido que também ajudaram a fazer o sucesso desse movimento, não foi com a intenção de denegrir ninguém ou de desrespeitar ninguém. Até porque falei de amigos, de colegas, de artistas que respeito e que têm o seu público, que não é pequeno. Disse que nunca cantei essas músicas nos meus shows apenas por uma questão de não me identificar com aquelas letras, de não perceber qualquer ligação artística com a linha de trabalho que sempre desenvolvi na minha carreira. E nunca cantei mesmo, é verdade! Falei também, e muito, da música “Toda Boa”, lançada há dois anos pelo grupo Psirico, e que canto em TODAS as minhas apresentações. É uma canção do repertório do pagode baiano que eu gosto, admiro e me identifico.

Homossexualismo - Quanto à questão de eu já ter vivido no PASSADO uma experiência amorosa com alguém do mesmo sexo que o meu, acho impressionante como uma história desse tipo ainda mexe com algumas pessoas em pleno século XXI. NUNCA DISSE à Revista QUEM ou a ninguém que sou gay ou homossexual. Apenas relatei uma experiência vivida no passado. Sou homem, vivi esta experiência como homem e de forma verdadeira e sincera. Nada do que vivi nesta relação maculou o meu caráter ou o meu jeito de ser e de tratar as pessoas. Fui muito feliz naquele período e viveria tudo outra vez, sem problemas.
Vivi porque senti naquele momento e fui fiel aos meus sentimentos e desejos. E me orgulho de ter agido assim. Penso que a gente vem prá essa vida é prá ser feliz e não para ficar dando ouvidos ou se preocupando com o que os outros falam de nós.

Considerações finais - Para quem me conhece de perto ou para quem lê o meu blog com frequência, sabe exatamente o que penso do ser humano.
Sei o quanto somos diversos e há pessoas de todos os tipos.
Isso não me incomoda.
Francamente, não estou aqui nesta vida para agradar a gregos e troianos. Nem Jesus Cristo conseguiu tal façanha. Como disse, respeito todas as opiniões dos que não me conhecem realmente, mas são palavras que nada me dizem.
Me importa é a opinião dos que me conhecem, dos que sabem do meu caráter, da minha responsabilidade e da minha maneira de agir com o mundo.

Nada do que escreveram ou que possam escrever mudará o orgulho que tenho de toda a minha vida e da minha carreira.