sexta-feira, 19 de setembro de 2008

NETINHO ESCLARECE ENTREVISTA A “QUEM” COM COMUNICADO OFICIAL

Seria uma entrevista corriqueira de divulgação do CD “Minha Praia”, mas o papo rendeu tanta polêmica que o cantor Netinho resolveu enviar um e-mail a toda imprensa, esclarecendo alguns pontos da matéria publicada pela revista “Quem acontece”. No relato ele esclarece alguns pontos, que segundo ele não foram colocados por completo, omitindo informações que deixaram suas falas com outro sentido. Confira:

“Agradeço à Revista QUEM pela entrevista, mas faço aqui as minhas RESSALVAS.
Tudo o que escrevo aqui está na fita onde o jornalista registrou toda a entrevista.
NÃO SOU a pessoa que a entrevista publicada na Revista QUEM sugere.
Fui vítima de uma edição ERRADA das minhas palavras.
Dei uma entrevista de quase duas horas que não pode ser resumida apenas em poucas linhas.”

Drogas - A experiência com drogas, por exemplo, foi ÚNICA e ficou no meu PASSADO. Aconteceu há mais de dez anos! Nunca fui usuário de drogas, apenas experimentei. Quando eu digo hoje a alguém “NÃO USE DROGAS!”, não falo da boca prá fora nem faço uso da hipocrisia. Falo com propriedade pois experimentei e, apesar de ter sido uma experiência interessante naquele momento, percebi que a droga nada acrescenta à vida de qualquer pessoa. É um caminho sem volta, uma porta para uma fuga sem sentido da realidade. Um atalho para o fim. Tenho uma filha de dez anos e é este o aprendizado que vou passar para ela. Não por ter lido em algum livro ou por ter ouvido de alguém. Eu aprendi isso vivendo realmente, experimentando, e digo que é algo desse mundo que não leva a nada. Foi exatamente isso o que eu falei para a Revista QUEM mas, infelizmente, NÃO FOI PUBLICADO.

Pagode Baiano - Outra questão que me incomodou na entrevista foi a maneira como colocaram a minha observação sobre a música baiana. Fiz uma avaliação técnica desses vinte anos de axé music que também não foi publicada na íntegra. Isso distorceu de alguma forma o que eu quis dizer. Quando falei do surgimento do pagode baiano e das letras de duplo sentido que também ajudaram a fazer o sucesso desse movimento, não foi com a intenção de denegrir ninguém ou de desrespeitar ninguém. Até porque falei de amigos, de colegas, de artistas que respeito e que têm o seu público, que não é pequeno. Disse que nunca cantei essas músicas nos meus shows apenas por uma questão de não me identificar com aquelas letras, de não perceber qualquer ligação artística com a linha de trabalho que sempre desenvolvi na minha carreira. E nunca cantei mesmo, é verdade! Falei também, e muito, da música “Toda Boa”, lançada há dois anos pelo grupo Psirico, e que canto em TODAS as minhas apresentações. É uma canção do repertório do pagode baiano que eu gosto, admiro e me identifico.

Homossexualismo - Quanto à questão de eu já ter vivido no PASSADO uma experiência amorosa com alguém do mesmo sexo que o meu, acho impressionante como uma história desse tipo ainda mexe com algumas pessoas em pleno século XXI. NUNCA DISSE à Revista QUEM ou a ninguém que sou gay ou homossexual. Apenas relatei uma experiência vivida no passado. Sou homem, vivi esta experiência como homem e de forma verdadeira e sincera. Nada do que vivi nesta relação maculou o meu caráter ou o meu jeito de ser e de tratar as pessoas. Fui muito feliz naquele período e viveria tudo outra vez, sem problemas.
Vivi porque senti naquele momento e fui fiel aos meus sentimentos e desejos. E me orgulho de ter agido assim. Penso que a gente vem prá essa vida é prá ser feliz e não para ficar dando ouvidos ou se preocupando com o que os outros falam de nós.

Considerações finais - Para quem me conhece de perto ou para quem lê o meu blog com frequência, sabe exatamente o que penso do ser humano.
Sei o quanto somos diversos e há pessoas de todos os tipos.
Isso não me incomoda.
Francamente, não estou aqui nesta vida para agradar a gregos e troianos. Nem Jesus Cristo conseguiu tal façanha. Como disse, respeito todas as opiniões dos que não me conhecem realmente, mas são palavras que nada me dizem.
Me importa é a opinião dos que me conhecem, dos que sabem do meu caráter, da minha responsabilidade e da minha maneira de agir com o mundo.

Nada do que escreveram ou que possam escrever mudará o orgulho que tenho de toda a minha vida e da minha carreira.

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